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Medicina integrativa acaba com a cólica e TPM

O óleo extraído da flor de prímula (à esquerda) pode complementar alguns tratamentos de 
cólica, caso indicado pelo médico homeopata
Foto: Dreamstime
Conheça medicina interativa, que combina práticas alopáticas e terapias complementares, e veja de que maneira ela ajuda no combate à cólica e TPM

Anos de agonia com cólicas menstruais lhe forneceram uma artilharia de combate à dor naqueles dias: posturas de ioga, chá de camomila, bolsa de água quente, acupuntura... - além do comprimido de antiespasmódico, é claro. São tantas estratégias que você nem sabe qual delas faz efeito - o que interessa é acabar com o sofrimento.
Uma pesquisa feita nos EUA mostrou que um terço dos pacientes fazia uso de outras terapias sem contar ao médico. Outro estudo, publicado no Journal of the American Medical Association, revelou que a maioria das pessoas complementa o tratamento por acreditar que as terapias estão mais alinhadas aos seus princípios.
Como não dá mais para fingir que as práticas complementares não existem, uma nova abordagem na medicina foi criada. Trata-se da medicina integrativa, prática que agrega princípios da medicina alopática ao que há de melhor nas terapias complementares para prevenção e cura de doenças, além de melhora na qualidade de vida do paciente.
O americano Andrew Weil, guru da medicina integrativa, explica em palestras que não devemos confundir práticas complementares com alternativas, pois a medicina integrativa não rejeita a convencional, tampouco aceita tratamentos sem um olhar crítico. Segundo o médico Paulo de Tarso Lima, coordenador do Setor de Medicina Integrativa no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e autor de "Medicina Integrativa, A Cura pelo Equilíbrio" (MG Editores), os especialistas não vendem terapia. "Apenas ajudamos a pessoa a entender qual tratamento faz sentido para ela. A escolha é sempre do paciente."
A acupuntura é uma ótima aliada no combate à TPM
Foto: Dreamstime

Cólica e TPM

Se você faz parte do grupo de brasileiras - 65% - que sofre com cólica, sabe a diferença de ter um anti-inflamatório ou um antiespasmódico na bolsa para aliviar a dor. Segundo o acupunturista e homeopata Maurílio de Oliveira Brandão, da Clínica Veda, em Ubatuba (SP), a cólica menstrual é geralmente tratada com medicamentos que atuam de modo mais específico na musculatura uterina, o que é útil quando a dor aperta.
Mas, na visão da medicina chinesa, uma das vertentes da medicina integrativa, é preciso averiguar o que há de errado no fígado, órgão que rege a menstruação, armazenando o sangue ou promovendo sua dispersão. A cólica menstrual pode decorrer de ingestão de líquidos gelados ou exposição ao frio. Para retomar o equilíbrio, recomenda-se, por exemplo, acupuntura.
O homeopata Ícaro Alves Alcântara, autor de "Qualidade de Vida, Qualidade É Vida" (Ed. 24x7), aposta no óleo de prímula (obtido de um processo especial de extração a frio de sementes de prímula) e no Vitex agnus (um arbusto originário da Europa utilizado desde a antiguidade) para o alívio dos sintomas. Alguns estudos apontam que o Vitex agnus atua em algumas áreas do cérebro, regulando hormônios da hipófise, entre eles o FSH, que aí é produzido e envia estímulos aos ovários para que produza estrógenos. Esse fitoestrógeno estimula a produção de progesterona e alivia os sintomas da TPM.
A quantidade a ser ingerida dependerá da orientação do seu médico, que ainda pode indicarexercícios físicos para auxiliar na prevenção da cólica menstrual. Os mais indicados são os aeróbicos, que aumentam a pulsação e, consequentemente, a oxigenação dos tecidos.
A vitamina B6 também pode ser uma excelente aliada para aliviar os sintomas da TPM, como irritação, depressão e atitudes compulsivas. Se não for possível adquirir a vitamina pela ingestão de alimentos (nozes, aveia, frango, batata, arroz integral), a suplementação é uma boa alternativa.
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